Le mie radici

"Adoro l’odore e il calore della terra ,
le molteplici forme che di essa sono la vita,
per vedere i miei occhi li devo specchiare ,
per contemplare le radici del mio reame , socchiuderli è meglio.
Allora ritrovo quel che avevo smarrito ,
l’infinito accoglie in sè quanto pensavo perduto ,
realizzo non v’è separazione,
intorno scorgo mera illusione ,
che quando contemplo nel cuore l’amore,
l’eterno riflette solo grazia , splendore ,
la pace che sento è profumo di Dio,
quando sono al cospetto non v’ è assenza,
nè oblio , nè ombra, nè morte hanno mai varcato la soglia,
da ere aspettava l’ Amante Supremo
che rimuovessi il torpore terreno,

Lui mi ha toccato , mi sono destato."

Eraldo 11 04 2010

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Amor: a motivação da Divina Comédia

Dante Alighieri é tido como um dos responsáveis pela disseminação do idioma italiano. Na época, a Itália era dividida entre a República de Florença, Milão, Estado do Vaticano e várias outras regiões. Não havia ainda a Itália.
Os autores da época escreviam no único idioma universal: o latim. Dante foi o primeiro escritor a escolher o idioma local, de Florença, para suas obras. Esse idioma local serviu de base para a língua italiana, resultado do prestígio atingido por Dante e da influência de Florença.

Dante escreveu vários textos e poemas no idioma local por uma simples razão: Beatrice Portinari. Segundo alguns críticos literários, ela foi quem inspirou o personagem Beatriz, de A Divina Comédia e La Vita Nuova (este sendo uma coletânea de poemas e textos de amor).

Segundo o texto de La Vita Nuova, Dante e Beatrice se encontraram apenas duas vezes em suas vidas. A primeira vez teria sido em frente à Igreja de Santa Margherita de' Cerchi, igreja da família de Beatrice Portinari. 
Primeiro encontro de Dante e Beatrice (Simeon Solomo)
Igreja de Santa Margherita de' Cerchi
Interior da Igreja de Santa Margherita de' Cerchi

Hoje a Igreja de Santa Margherita de' Cerchi é conhecida como Igreja de Dante, e abriga o túmulo de Beatrice.
Embora nunca tenham se casado, são tidos para muitos como amantes e símbolos do amor. É costume deixar bilhetes e ofertas no túmulo de Beatrice pedindo para que ela guie do paraíso aqueles que buscam o caminho do amor, assim como Beatriz serviu de guia pelo paraíso na Divina Comédia. Afinal, uma forcinha extra não faz mal a ninguém  ;o)

Túmulo de Beatrice Portinari

Beatriz (Beatrice) aparecendo para Virgilio (Dante) no paraíso (Gustave Doré)

Firenze: a cidade dos Medici

Não há como negar a importância dessa família para a cidade de Florença e para a Europa como um todo. Não se sabe muito sobre a origem dos Medici, pois a origem da família é de Mugello (ao norte de Florença) e já possuíam riqueza quando se instalaram no Florença.
O certo é que os Medici ascenderam na sociedade através de casamentos estratégicos e como banqueiros. Sua influência era tanta que foram banqueiros do rei da França, rei da Inglaterra e até do estado do Vaticano; sendo que conseguiram eleger dois Papas membros da família (Papa Leão X e Papa Clemente VII); além de ligarem a família ao sangue real com Catarina Maria Romola di Medici, rainha da França.
Em Firenze, os bustos mais comuns são de Cosimo de' Medici e de Lorenzo I de' Medici, conhecidos como Cosimo Pater Patriae e Lorenzo o Magnífico, respectivamente.
Cosimo Pater Patriae (foto tirada no Palazzo degli Uffizi)

Lorenzo, o Magnífico (Palazzo degli Uffizi)
O Cosimo é tido como o primeiro na dinastia política dos Medici. Lorenzo foi o patrono das artes durante a Renascença. O que me leva a 1a. visita em Firenze: Basílica de San Lorenzo, também conhecida como Capela Medici.

A Capela Medici foi construída para servir de mausoleum da família. De fato, Lorenzo o Magnífico está enterrado aqui.
Existe uma diferença entre essa igreja e as outras construídas na cidade. Por fora ela é simples, se comparada as outras!
Basílica de San Lorenzo
Isso porque, na concepção de Buontalenti (preciso confirmar o nome), como esse é um local para agradecer a Deus, as riquezas devem ficar do lado de dentro e não do lado de fora.
A Basílica de San Lorenzo é uma das marcas do poder dos Medici.
Do lado de fora da Basilica está Cosimo I e o símbolo da família Medici, o escudo com bolinhas.

Este mesmo símbolo pode ser visto do lado de fora do Palazzo Pubblico em Siena! Existia uma disputa entre Firenze e Siena sobre o controle da Toscana.

O Palazzo Vecchio foi construído para garantir a segurança da república. O projeto inicial não tinha o tamanho e o formato de agora, como a maioria das construções antigas ainda existentes. É um dos símbolos do poder de adivinha quem?.... dos Medici. O Palazzo Vecchio passou a ter esse nome (antes chamava Palazzo della Signoria) quando Cosimo I de Medici se mudou para o então Palazzo Pitti, porque sua esposa Eleonora de Toledo não gostava da aparência do palácio (apesar do esforço de Cosimo I para decorar o Palazzo com afrescos ao gosto da esposa). Para ligar o novo palácio ao centro do poder e aos escritórios do Uffizi, Cosimo I madou Giorgio Vasari construir uma passagem elevada que ligasse os três prédios. O corredor de Vasari é que dá o aspecto principal da Ponte Vecchia.
Palazzo Vecchio

Palazzo Vecchio
No corredor de Vassari
No corredor de Vasari, com a Ponte Vecchia ao fundo
Ponte Vecchia ao fundo
Rio Arno
Na entrada do Palazzo Vecchio, está uma verdadeira galeria de arte ao ar livre. Um dos maiores destaques, e mais um dos símbolos de Firenze, é David de Michelangelo. O trabalho retrata o herói bíblico com realismo anatômico, sendo considerada uma das mais importantes obras do Renascimento e do próprio autor. A diferença do David de Michelangelo para as demais obras, é que o Michelangelo resolveu retratar o herói antes da batalha e não como sendo o rei David (com armadura e tudo, após a batalha). Alguns dizem que o retrato é momentos antes da batalha, pela expressão de David. Mostra a concentração, o poder da sabedoria sobre a força bruta.
David, de Michelangelo
David, de Michelangelo
A estátua em frente ao Palazzo Vecchio é uma réplica. A verdadeira estátua está protegida no museu de Firenze.
Michelangelo (Palazzo degli Uffizi)
Em frente ao Palazzo Vecchio, encontra-se a Loggia dei Lanzi. Foi concebido para servir de espaço para as assembléias públicas durante o período da república. Sob o domínio dos Medici, virou mais uma galeria a céu aberto.
Entre as obras expostas, está Perseus de Benvenutto Cellini. Retrata o herói Perseus matando Medusa. Benvenutto Cellini usou uma técnica diferente para esculpir a estátua em bronze. Diz a lenda que na última tentativa faltou material para completa-la. Ele então fundiu todos os talheres e tudo o que havia de metal de sua casa para poder completar a obra. 
Perseus, de Benvenutto Cellini
A maioria dos artistas do Renascimento queriam "viver mais do que a própria obra". Para isso, era costume colocar o próprio busto nas obras, como marca. Com Perseus, Benvenutto Cellini não foi diferente. Porém, ele já era muito velho para tomar a forma do jovem Perseus, e Medusa era uma mulher. Então ele colocou seu rosto escondido na nuca de Perseus! A foto ficou meio clara porque tinha luz do sol contra:
Benvenutto Cellini ...

... e Benvenutto Celinni


Continua!!...

domingo, 30 de janeiro de 2011

E aí? Quer levar quanto?

Não! Isso não é propaganda das lojas Bahia. É que hoje eu aprendi uma lição muito importante como viajante de 1a. viagem para a Europa. Não preciso trazer tanta roupa como trouxe!!!
No hostel aqui de Firenze tem serviço de lavanderia. Acabei lavando todas as roupas da semana passada e agora estou com as mudas de roupa renovadas por mais uma semana.
Acabei trazendo camisetas para quase os 20 dias e não precisava. Três calças jeans (uma vestida) e 3 blusas.
No final, dava para trazer duas calças jeans (uma vestida) e duas blusas (uma vestida).
As camisetas, se forem dryfit como as que eu trouxe, nem precisa passar. E a outra vantagem é que ocupa pouco espaço e pesa menos. Sobra mais espaço para levar coisas para o Brasil e menos peso.

Maledeto Berlusconi II

O Berlusconi resolveu atrapalhar minha viagem. Estava com a passagem do trem comprada quando ouvi que havia "sciopero". Opa! Já ouvi essa palavra antes e não era coisa boa... ih! Hoje foi a vez dos ferroviários entrarem de greve. Teve um monte de linhas canceladas, inclusive a minha de Siena para Firenze.

O jeito foi pegar um ônibus. Como o percurso é curto, até que não foi ruim.

Quero só ver qual vai ser a próxima por causa do maledeto Berlusconi!

sábado, 29 de janeiro de 2011

Cidades medievais

Meu destino seguinte foi Siena, na região Toscana! Siena tem um história complicada. Foi fundada pelos Etruscos, habitada por gauleses e teve sob o domínio dos romanos. Ganhou destaque como rota comercial quando os Bizantinos passaram a atacar a Via Aurelia e a Via Cassia.


Ainda hoje, Siena ainda mantém seu ar medieval. Alguns locais de destaque são o Palazzo Pubblico - um castelo no meio da cidade -, a Piazza del Campo e a catedral de Siena.

Cidade da região Toscana, vista do trem







Palazzo Pubblico









Na Piazza del Campo acontece anualmente a corrida do Palio. Não! Não é um monte de carro 1.0 dando a volta no quarteirão! É uma corrida de cavalos. Vi um pouco sobre a corrida do Palio no canal local. É uma corrida um tanto perigosa, pois são cerca de 10 cavalos numa pista estreita.
O Palio tem origens remotas com regras que vigoram desde 1644, ano em que teve lugar o primeiro Palio com cavalos, assim como é realizado hoje, com uma continuidade jamais interrompida.
O território da cidade está dividido em dezessete "Contrade" cujos confins foram definidos em 1729 pelo "Edital de Violante de Baviera", então governadora da cidade. 
Cada "Contrada" (bairro) é como se fosse um pequeno estado, administrada por uma diretoria, que em italiano é denominada "Seggio", cujo chefe é chamado "Priore", mas durante o torneio é guiada por um "Capitão", auxiliado por dois ou três "contradaioli" (membros da "Contrada") denominados "mangini". 
Dentro do território de cada "Contrada" encontra-se uma igreja, e ao lado desta última fica a sede da "Contrada", onde é conservado todo o seu patrimônio: cimélios, estandartes das vitórias, trajes típicos das cerimônias - os usados atualmente e os antigos - bandeiras, arquivo e tudo o que está relacionado com a vida da "Contrada". 




Piazza del Campo

Quando não acontece o Palio, nada melhor do que sentar em um dos restaurantes ao redor da praça comendo e bebendo um vinho olhando para o castelo.

Piazza del Campo a noite

Palazzo Pubblico a noite



De Siena, fiz um bate-volta para San Gimignano. San Gimignano foi fundada no séc. 3 AC pelos Etruscos. No séc. 100 adotou o nome do bispo San Gimignano, que defendeu a cidade do ataque de Átila, o Huno!
San Gimignano já foi conhecida como a cidade das 100 torres. Por muito tempo, a cidade foi parada de peregrinos indo para o Vaticano. Durante essa época o comercio era forte. As familias de comerciantes erguiam torres para ostentar sua riqueza. Isso durou até que a Peste Negra devastou a Europa. Hoje, apenas 14 torres existem na cidade. Porém, ela manteve o seu ar medieval de antes.


Uma pena que a maior parte do comércio estava fechado. Estão todos de férias! Essa cidade deve ser muito bonita na primavera ou no verão. Ao redor das praças, existem muitos restaurantes e cafés.



Esse é o relevo da Toscana. A maior parte das cidades grandes estão no topo das colinas.




Vista da muralha para as torres.







Uma coisa que não posso reclamar é da comida! Aqui em San Gimignano como-se bem por 15 euros, com direito à uma taça do vinho local. Na próxima viagem, virei com espaço extra na mochila!




Entrada principal da citadela

Muralha da citadela. Detalhe nos arcos ainda preservados.